Luís Vaz de Camões
Desconhece-se a data e local exato onde Camões terá
nascido. No entanto, admite-se que nasceu entre 1517 e 1525.
A sua família, de origem galega, fixou-se no
concelho de Chaves, na freguesia de Vilar de Nantes, e mais tarde mudou-se para
Coimbra e para Lisboa.
O pai de Camões chamava-se Simão Vaz de Camões e a
sua mãe Ana de Sá e Macedo.
Luís Vaz de Camões é considerado o maior poeta
português; nunca existiu, nem em Portugal nem em qualquer outra parte do mundo,
poeta algum que igualasse nem muito menos superasse a dedicação que Camões deu
à sua pátria por meio de uma tão próspera obra épica como são “Os Lusíadas”.
Apesar de ter sido um grande poeta, foi também um
grande patriota e um grande soldado. Defendeu Portugal tanto nas guerras em
África como na Ásia. Em 1547, partiu para Ceuta depois de ter estado na corte
de 1542 a 1545. Em Ceuta perdeu um olho quando lutava a favor de D. João III.
Três anos mais tarde voltou a Portugal e teve
vários duelos, num dos quais feriu Gonçalo Borges, moço de arreios de D. João
III, o que lhe custou um ano de prisão no Tronco. Diz-se que foi nesse ano de
prisão que Camões compôs o primeiro canto da sua obra “Os Lusíadas”.
Regressou a Lisboa em 1569 e, em 1572, publicou “Os
Lusíadas”. Foi-lhe concedida por D. Sebastião uma tença anual de 15 mil reis
que só recebeu durante três anos, pois faleceu no dia 10 de Junho de 1580 em
Lisboa, na miséria, vivendo de esmolas que se dizia terem sido angariadas pelo
seu fiel criado Jau. O seu enterro teve de ser feito a expensas de uma
instituição de beneficência, a Companhia dos Cortesãos.
Após a sua morte, foi D. Gonçalo Coutinho que
mandou esculpir na sua pedra o seguinte letreiro: “Aqui Jaz Luís de Camões
Príncipe dos Poetas de seu Tempo. Viveu Pobre e Miseravelmente e Assim Morreu.
- Esta campa lhe mandou pôr D. Gonçalo Coutinho, na qual se não enterrará
pessoa alguma.”
A comemoração do dia da sua morte é atualmente
relembrada como o “Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas”,
sendo feriado nacional.
Principais obras
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1572- Os Lusíadas
Lírica
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1595 - Amor é fogo que
arde sem se ver
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1595 - Eu cantarei o amor
tão docemente
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1595 - Verdes são os
campos
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1595 - Que me quereis,
perpétuas saudades?
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1595 - Sobolos rios que
vão
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1595 - Transforma-se o
amador na cousa amada
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1595 - Sete anos de
pastor Jacob servia
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1595 - Alma minha gentil,
que te partiste
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1595 - Mudam-se os
tempos, mudam-se as vontades
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1595 - Quem diz que Amor
é falso ou enganoso
Teatro
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1587 - El-Rei Seleuco.
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1587 - Auto de Filodemo.
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1587 – Anfitriões
Fontes: